domingo, 10 de janeiro de 2010

Invisível Amante




Ás vezes permaneço quieto



Além da chuva que reveste o tempo



e que molha teu corpo...






Onde, serena e lúcida, te inscreves.



Inútil te procurar em qualquer



instante pois não me vês ou sente...






Então te vejo como sempre fostes,



Uma forma imprecisa que ninguém



distingue!



E de longe, olho teu sonho puro



e dividido em faces, te cerco!



E se não te domino, apenas te contemplo!






Evado-te em teu breve sono



e descubro os gelados aquedutos



guardiões do silêncio, enquanto dormes.






Enfim, na ternura serena dos lugares,



em nossa invisível, leve e lena AMORGRAFIA,



Dentro da eterna solidão dos mares,



te observo, como amante invisível



noite e dia...

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